Trincas e fissuras nas bases de alvenarias são muito comuns em edificações, principalmente em obras residenciais. Devem ser evitadas o máximo possível pois podem acarretar inúmeros problemas à sua estrutura e são de difícil recuperação.
Essas trincas e fissuras ocorrem principalmente devido à presença de água nos elementos e se manifestam com a destruição do revestimento e da pintura da parede.
E como que essa água chega na base das alvenarias? O solo possui uma umidade natural, que pode variar dependendo do nível do lençol freático no local, dentre outros fatores, e a água possui a capacidade de “subir” em superfícies (capilaridade). É através da ascensão capilar que a mesma consegue atingir a base das alvenarias (podendo atingir até 2 metros de altura) e causar esses tipos de patologias, como a presença de manchas e trincas. Ainda, a altura da mancha de umidade variará em função do tipo de material empregado na alvenaria e das condições de insolação e ventilação da parede.
Essas trincas quase sempre são acompanhadas por eflorescências, auxiliando no diagnóstico da patologia.
A solução mais eficiente contra a ascensão capilar da água é através da impermeabilização da fundação/vigas baldrames ou embasamento antes da execução da alvenaria. O tipo de impermeabilização a ser escolhido depende principalmente do tipo de fundação, entretanto, no caso de ascensão capilar (pressões negativas) usa-se impermeabilizações rígidas, que seriam os impermeabilizantes cimentícios.
Por exemplo, no caso da utilização de vigas baldrames, que são geralmente utilizadas em obras residenciais, a impermeabilização é feita através de argamassa com aditivo impermeabilizante.
Ainda, deve-se realizar a impermeabilização das paredes e do contrapiso, podendo utilizar o mesmo tipo de argamassa que foi utilizado nos baldrames.
Procure sempre profissionais responsáveis e especializados para realizar a impermeabilização desses elementos e evitar as patologias causadas pela ascensão capilar da água.
Autor: Matheus Abreu Kerkoff